quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Cansei!

Cansei!
Cansei dessa vida! Cansei desse país! Cansei dessa cidade! Cansei da minha família!
Cansei de tentar ser quem eu não sou! Cansei de quem eu realmente sou!
Cansei de ter que agradar os outros! Cansei de ter que ter opiniões! Cansei de ninguém ouvi-las!

Cansei!
Cansei do PT! Cansei do PSDB! Cansei do PV!
Cansei do Capitalismo! Cansei do Comunismo! Cansei da Anarquia!
Cansei do meu quarto! Cansei da minha casa!

Cansei!
Cansei de peruas! Cansei de patricinhas! Cansei de roqueiros! Cansei dos emos! Cansei dos punks!
Cansei dos pagodeiros! Cansei do sertanejo! Cansei da música clássica!
Cansei de ter que aprender! Cansei de não aprender!

Cansei!
Cansei de saber! Cansei de não saber!
Cansei da Globo! Cansei da Band! Cansei do SBT! Cansei da Record!
Cansei da internet! Cansei das músicas! Cansei do jornal!

Cansei!
Cansei do Bentinho! Cansei da Capitu! Cansei do Brás Cubas! Cansei da Aurélia!
Cansei da Canção do Exílio! Cansei da pedra do meio do caminho!
Cansei do Pedro Bala! Cansei do Fabiano! Cansei do Cobrador!

Cansei!
Cansei de ser gauche! Cansei de ser igual!
Cansei de ser loiro! Cansei de ser magro!
Cansei de ser alto! Cansei de ser baixo!
Cansei de ser...

Paradigmas (in)quebráveis

Nessa eleição existem alguns paradigmas que precisam ser quebrados:

Primeiro: Marina Silva, apesar de evangélica, NÃO vai ser a presidente (apesar de presidenta estar certo, eu acho feio; logo, vocês não verão esse termo usado nesse blog) DOS evangélicos, apenas. Se eleita, ela não vai fazer apenas o que os evangélicos acham que é certo. Se o aborto for legalizado pelo Congresso, ela não vai vetar; já disse isso antes da campanha. Logo, a campanha que alguns "cristãos" fazem chamando Dilma Roussef e José Serra de candidatos "pró-aborto" é, no mínimo, irresponsável.

Segundo: Paulo Skaf, apesar de ser rico e de ser o candidato dos ricos, também não vai governar para os ricos se for eleito. O SESI e o SENAI beneficiam GRANDE parte da população mais pobre. Também é irresponsável e inadmissível campanha contra Skaf por esse motivo.

Terceiro: José Serra não é o candidato das privatizações. Apesar de ter sido nos governos do partido dele que as principais privatizações ocorreram, não significa que outras ocorrerão.

Quarto: Quem disse que as privatizações foram ruins? Se foram, por que todas as empresas privatizadas cresceram absurdamente?

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O Sino de Ouro


Contaram-me que, no fundo do sertão de Goiás, numa localidade de cujo nome não estou certo, mas acho que é Porangatu, que fica perto do rio de Ouro e da serra de Santa Luzia, ao sul da Serra Azul - mas também pode ser Uruaçu, junto do rio das almas e da serra do Passa Três (minha memória é traiçoeira e fraca; eu esqueço os nomes das vilas e a fisionomia dos irmãos, esqueço os mandamentos e as cartas e até a amada que amei com paixão) -, mas me contaram que em Goiás, nessa povoação de poucas almas, as casas são pobres e os homens pobres, e muitos são parados e doentes indolentes, e mesmo a igreja é pequena, me contaram que ali tem - coisa bela e espantosa - um grande sino de ouro.

Lembrança de antigo esplendor, gesto de gratidão, dádiva ao Senhor de um grã-senhor - nem Chartres, nem Colônia, nem S. Pedro ou Ruão, nenhuma catedral imensa com seus enormes carrilhões tem nada capaz de um som tão lindo e puro como esse sino de ouro, de ouro catado e fundido na própria terra goiana nos tempos de antigamente.É apenas um sino, mas é de ouro. De tarde seu som vai voando em ondas mansas sobre as matas e os cerrados, e as veredas de buritis, e a melancolia do chapadão, e chega ao distante e deserto carrascal, e avança em ondas mansas sobre os campos imensos, o som do sino de ouro. E a cada um daqueles homens pobres ele dá cada dia sua ração de alegria. Eles sabem que de todos os ruídos e sons que fogem do mundo em procura de Deus - gemidos, gritos, blasfêmias, batuques, sinos, orações, e o murmúrio temeroso e agônico das grandes cidades que esperam a explosão atômica e no seu próprio ventre negro parecem conter o germe de todas as explosões - eles sabem que Deus, com especial delícia e alegria, ouve o som alegre do sino de ouro perdido no fundo do sertão. E então é como se cada homem, o mais mesquinho e triste, tivesse dentro da alma um pequeno sino de ouro.



Quando vem o forasteiro de olhar aceso de ambição, e propõe negócios, fala em estradas, bancos, dinheiro, obras, progresso, corrupção - dizem que esses goianos olham o forasteiro com um olhar lento e indefinível sorriso e guardam um modesto silêncio. O forasteiro de voz alta e fácil não compreende; fica, diante daquele silêncio, sem saber que o goiano está quieto, ouvindo bater dentro de si, com um som de extrema pureza e alegria, seu particular sino de ouro. E o forasteiro parte, e a povoação continua pequena, humilde e mansa, mas louvando a Deus com sino de ouro. Ouro que não serve para perverter, nem o homem nem a mulher, mas para louvar a Deus.

E se Deus não existe, não faz mal. O ouro do sino de ouro é neste mundo o único ouro de alma pura, o ouro no ar, o ouro da alegria. Não sei se isso acontece em Porangatu, Uruaçu ou outra cidade do sertão. Mas quem me contou foi um homem velho que esteve lá; contou dizendo: "eles têm um sino de ouro e acham que vivem disso, não se importam com mais nada, nem querem mais trabalhar; fazem apenas o essencial para comer e continuar a viver, pois acham maravilhoso ter um sino de ouro".

O homem velho me contou isso com espanto e desprezo. Mas eu contei a uma criança e nos seus olhos se lia seu pensamento: que a coisa mais bonita do mundo deve ser ouvir um sino de ouro. Com certeza é esta mesmo a opinião de Deus, pois ainda que Deus não exista, ele só pode ter a mesma opinião de uma criança. Pois cada um de nós quando criança tem dentro seu sino de ouro que depois, por nossa culpa e miséria e pecado e corrupção, vai virando ferro e chumbo, vai virando pedra e terra, e lama e podridão.



Rubem Braga

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Ficha Limpa

Hoje é a votação do Ficha Limpa no STF... Ainda não saiu o resultado, mas qualquer que seja o veredicto final, não será uma anormalidade.
A aprovação e a validade do referido projeto já para as eleições desse ano são o "certo" e o apelo popular, mas, por outro lado, todas as leis eleitorais têm que esperar um certo tempo para entrar em vigor e, no rigor jurídico da Constituição, podemos encontrar uma inconstitucionalidade formal no projeto por ele ter sido alterado no Senado e não ter sido mandado de volta pra Câmara para aprovação do novo texto.
É absurdo o Senado não ter mandado o texto para nova apreciação na Câmara; um erro primário que não pode acontecer com uma lei tão importante. Por esse ponto de vista, o projeto deveria ser declarado inconstitucional.
Por outro lado, o bom senso manda que o projeto seja aprovado. Existe um clamor entre a população pela aprovação do projeto, e isso não pode ser ignorado pela corte suprema do país. É absurdo pensar que, em um país como o Brasil, políticos já condenados e que enfrentam processos por corrupção possam ser eleitos. (Convenhamos: também é absurdo pensar que políticos condenados precisem de LEI para NÃO SEREM VOTADOS; isso deveria ser natural entre a população).
Enfim... Tomara que permaneça o bom senso... Escutem a população, ministros.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Lula é um fenômeno religioso

Lula não é um político - é um fenômeno religioso. De fé. Como as igrejas que caem, matam os fiéis e os que sobram continuam acreditando. Com um povo de analfabetos manipuláveis, Lula está criando uma igreja para o PT dirigir, emparedando instituições democráticas e poderes moderadores.
Os fatos são desmontados, os escândalos desidratados para caber nos interesses políticos da igreja lulista e seus coroinhas. Lula nos roubou o assunto. Vejam os jornais; todos os assuntos são dele, tudo converge para a verdade oficial do poder. Lula muda os fatos em ficção. Só nos resta a humilhante esperança de que a democracia prevaleça.
Depois do derretimento do PSDB, o destino do País vai ser a maçaroca informe do PMDB agarrada aos soviéticos do PT, nossa direita contemporânea. Os comentaristas ficam desorientados diante do nada que os petistas criaram com o apoio do povo analfabeto. Os conceitos críticos, como "razão, democracia, respeito à lei, ética", ficaram ridículos, insuficientes raciocínios diante do cinismo impune.
Como analisar com a Razão essa insânia oficial? Como analisar o caso Erenice, por exemplo, com todas as provas na cara, com o Lula e seus áulicos dizendo que são mentiras inventadas pela mídia? Temos de criar novos instrumentos críticos para entender esta farsa. Novos termos. Estamos vendo o início de um "chavismo light", cordial, para que a "massa atrasada" seja comandada pela "massa adiantada" (Dilma et PT). Os termos têm de ser mudados. Não há mais "propina"; agora o nome é "taxa de sucesso". A roubalheira se autonomeia "revolucionária" - assalto à coisa pública em nome do povo. O que se chamava "vítima" agora se chama "réu". Os escândalos agora são de governos inteiros roubando em cascata, como em Brasília, Rondônia e Amapá - são "girândolas de crimes". Os criminosos são culpados, mas sabem tramar a inocência. O "não" agora quer dizer "sim".
Antigamente, se mentia com bons álibis; hoje, as tramoias e as patranhas são deslavadas; não há mais respeito nem pela mentira. Está em andamento uma "revolução dentro da corrupção", invadindo o Estado em nossa cara, com o fito de nos acostumar ao horror. Gramsci foi transformado em chefe de quadrilha.
Nunca antes nossos vícios ficaram tão explícitos, nunca aprendemos tanto de cabeça para baixo. Já sabemos que a corrupção no País não é um "desvio" da norma, não é um pecado ou crime; é a norma mesmo, entranhada nos códigos e nas almas. Nosso único consolo: estamos aprendemos muito sobre a dura verdade nacional neste rio sem foz, onde as fezes se acumulam sem escoamento. Por exemplo: ganhamos mais cultura política com a visão da figura da Erenice, a burocrata felliniana, a "mãe coragem" com seus filhos lobistas, com o corpinho barbudo do Tuminha (lembram?), com o "make-over" da clone Dilma (que ama a ex-Erenice, seu braço direito há 15 anos), com o silêncio eufórico dos Sarneys, do Renan, do Jucá... Que delícia, que doutorado sobre nós mesmos!
Ao menos, estamos mais alertas sobre a técnica do desgoverno corrupto que faz pontes para o nada, viadutos banguelas, estradas leprosas, hospitais cancerosos, esgotos à flor da pele, tudo proclamado como plano de aceleração do crescimento popular.
Nossa crise endêmica está em cima da mesa de dissecação, aberta ao meio como uma galinha. Meu Deus, que prodigiosa fartura de novidades imundas, mas fecundas como um adubo sagrado, belas como nossas matas, cachoeiras e flores.
Os canalhas são mais didáticos que os honestos. Temos assistido a um show de verdades mentirosas no chorrilho de negaças, de cínicos sorrisos e lágrimas de crocodilo. Como é educativo vermos as falsas ostentações de pureza para encobrir a impudicícia, as mãos grandes nas cumbucas e os sombrios desejos das almas de rapina. Que emocionante este sarapatel entre o público e o privado: os súbitos aumentos de patrimônio, filhinhos ladrões, ditadura dos suplentes, cheques podres, piscinas em forma de vaginas, despachos de galinhas mortas na encruzilhada, o uísque caindo mal no Piantela, as flatulências fétidas no Senado, as negaças diante da evidência de crime, os gemidos proclamando "honradez" e "patriotismo".
Talvez esta vergonha seja boa para nos despertar da letargia de 400 anos. Através deste escracho, pode ser que entendamos a beleza do que poderíamos ser!
Já se nos entranhou na cabeça, confusamente ainda, que enquanto houver 20 mil cargos de confiança no País, haverá canalhas, enquanto houver estatais com caixa-preta, haverá canalhas, enquanto houver subsídios a fundo perdido, haverá canalhas. Com esse código penal, nunca haverá progresso.
Já sabemos que mais de R$ 5 bilhões por ano são pilhados das escolas, hospitais, estradas, sem saneamento, com o Lula brilhando na TV, xingando a mídia e com todos os mensaleiros, sanguessugas e aloprados felizes em seus empregos e dentro do ex-partido dos trabalhadores. E é espantoso que este óbvio fenômeno político, caudilhista, subperonista, patrimonialista, aí, na cara da gente, seja ignorado por quase toda a intelligentsia do País, que antes vivia escrevendo manifestos abstratos e agora se cala diante deste perigo concreto que nos ronda. No Brasil, a palavra "esquerda" ainda é o ópio dos intelectuais.
A única oposição que teremos é o da imprensa livre, que será o inimigo principal dos soviéticos ascendentes. O Brasil está evoluindo em marcha à ré! Só nos resta a praga: malditos sejais, ó mentirosos e embusteiros! Que a peste negra vos cubra de feridas, que vossas línguas mentirosas se transformem em cobras peçonhentas que se enrosquem em vossos pescoços, e vos devorem a alma.
Os soviéticos que sobem já avisaram que revistas e jornais são o inimigo deles.
Por isso, "si vis pacem, para bellum", colegas jornalistas. Se quisermos a paz, preparemo-nos para a guerra. 

Arnaldo Jabor em "O Estado de S. Paulo"

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Debate pra governador... Análise: absurdos e propostas

Na noite da última segunda-feira, a TV Record promoveu um debate entre os candidatos ao governo... No debate paulista, aconteceram alguns absurdos que simplesmente não podem ficar sem comentários... Primeiramente, é absurdo acontecerem jogos de compadres como aconteceram ontem entre Alckmin e Feldmann, Mercadante e Russomano (como já havia acontecido anteriormente em debate da TV Bandeirantes) e Mercadante e Skaf...Os candidatos têm que debater ideias para o estado, não têm que formar alianças esdrúxulas como têm formado...
Ridícula foi também a tentativa do candidato do PSOL, Paulo Búfalo, de desmerecer a candidatura de Paulo Skaf por este ser um empresário rico e pertencer ao Partido SOCIALISTA Brasileiro... É realmente estranho isso, mas o candidato do PSOL não tem o direito de desmerecer o sucesso de um grande empresário como Skaf, que, diga-se de passagem, não tem como se apresentar como o "candidato de todos", como tentou se apresentar... Skaf é rico e é o candidato dos ricos, mas o candidato do PSOL não tem o direito de atacá-lo por isso...
Paulo Búfalo, aliás, foi a grande estrela do debate, provocando todos os outros candidatos e empurrando Mercadante à parede quando disse que o petista ajudou a confirmar o veto ao aumento do financiamento público da educação... Diante da negativa do senador, o candidato do PSOL foi, no mínimo, perspicaz ao lembrar que Mercadante quer participação nas coisas boas do governo, mas se afasta da imagem de governista quando as coisas ruins são lembradas...
Aliás, essa postura não é exclusiva do petista... O tucano Alckmin e o malufista Russomano tiveram atitudes idênticas à de Mercadante; Alckmin não se dignou a falar sobre pedágio e Russomano fugiu das perguntas sobre o Maluf... Interessante, no mínimo...
Mas o que importa, realmente, são as propostas... Alckmin só diz que o que é bom tem que continuar, mas não mostra o que é bom e nem como pretende continuar. Mercadante e Russomano só sabem falar sobre pedágios. Skaf fala muito sobre redução de impostos, mas não explica como vai reduzi-los sem cortar gastos. Paulo Búfalo, como todos do PSOL, é contra tudo, acha que tudo tem que ser jogado fora e começado do zero, mas também existem coisas boas em São Paulo. Feldmann, apesar de bater muito na tecla de preservação ambiental e deixar algumas questões pontuais como a segurança pública de fora, é o candidato com o melhor plano de governo; discorre sobre educação, transporte público de qualidade, segurança alimentar e comércio exterior, elementos que ou são secundários ou tratados com mesmice no plano de outros candidatos, mas que, na verdade, são de vital importância.
É isso aí, amigos... Analisem bem as propostas dos candidatos... É importante...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Affair

          Não era nem dez horas da noite quando eles chegaram. A casa estava toda remexida. Aquilo nunca havia acontecido antes. Assustaram-se e começaram a vasculhar todos os cantos da casa. Nada estava faltando. Era um grande mistério. O que havia ocorrido naquela noite?
Decidiram investigar. Meia hora depois das dez, chamaram o vizinho da direita e perguntaram se ele havia notado alguma atividade estranha no local. Disse que não. Havia saído e acabara de chegar. O vizinho da esquerda adormecera e não percebera nada. A casa logo à frente estava vazia.
Uma hora depois das dez, resolveram deixar de lado e acharam melhor ir para a cama. Tiveram uma noite sublime e tensa, suave e angustiante. Acordaram seis horas depois das dez, com um barulho no andar de baixo. Desceram para ver o que se passava. Um homem de estatura mediana, com uma arma na mão e uma máscara no rosto apontava para os dois e mandava que se vestissem.
Meia hora depois ele explicava o que queria com eles e dizia que não tinha a intenção de roubá-los. Desejava apenas divertir-se. Gostava de ver o desespero das pessoas. Disse para eles se acalmarem e não cometerem nenhum exagero, sob pena de morrerem. E exigiu que fizessem toda a sua vontade. Foram obrigados a concordar.
O primeiro desejo do maníaco foi ver um beijo dos dois. Beijaram um beijo sem graça, sem açúcar, sem tempero nenhum. O bandido exigiu que se beijassem de novo. Desta vez, com mais vontade. Exigiu ver amassos, abraços, mãos, línguas, tudo. Depois disso, beijaram-se com vontade.
Quando isso aconteceu, já havia passado sete horas das dez. Depois de ver os dois se beijando, o bandido exigiu um beijo da mulher. Ela recusou. Ele tirou a máscara. Ela deu um berro. Era seu marido. Ela havia sido pega no flagra. Xingamentos foram ouvidos naquela noite. Cinco tiros e muita confusão depois, os vizinhos chamaram os policiais.
Os policiais entraram na casa e se depararam com três corpos estirados no chão e uma arma na mão da mulher. A polícia investigou e chegou à conclusão de que a mulher havia matado os dois e dado fim à própria vida. Mas uma coisa passou despercebida. Os policiais não perceberam que o terceiro corpo não era do amante.