domingo, 27 de março de 2011

Noite de Amor e Solidão





















"A lua e o  poeta,    
Uma história de amor completa, 
Com começo, meio e fim"
Danni Distler
Uma noite
Love was in the air
Mas a solidão
Me acompanhava
Me torturava
Me atormentava

E eu simplesmente
Sonhava
Com a companhia
Perfeita

E eu continuava
Amando
Alguém
Que não estava
E que nunca
Estaria ali

E tudo o que eu queria
Era ter ao meu lado
Alguém

Mas ali apenas
A lua parecia
Se importar
Com meus 
Sentimentos

A lua cheia
Olhava 
Para mim
E dizia
Palavras de consolo

E eu pensava
Na vida
E dizia 
Para a lua
Vir até mim
E ocupar 
Aquele lugar
Vazio

Mas o abismo
Não deixava

Da mesma forma
Que você
Não pode
Vir até mim
Por causa 
Desse enorme
Abismo
Entre nós

sábado, 12 de março de 2011

Sentimento Gauche

Então isso é a vida?

Permaneço postado
Em frente a tudo
O que já passei
E me pergunto
Se tanta labuta
Se tanto sacrifício
Se tudo o que já passamos
Foi em vão

Posto-me
Em frente
Ao passado
E tento
Utilizá-lo
A fim de tentar
Visualizar o futuro

E tudo o que
Consigo enxergar
É esse
Sentimento Gauche
Que sempre determinou
Minha existência

E esse
Sentimento Gauche
Que norteia minha vida
Determina
Meu destino
De uma forma
Ao mesmo tempo
Esperançosa e temerosa

Temo pelo meu futuro
Quais são as possibilidades
Que um Gauche inveterado
Tem para sua vida?

Poucas
Mas se a alternativa
É me conformar
Prefiro continuar
Sendo torto
Estranho
Esquerdo
A ser sempre o mesmo!

Prefiro continuar
Eternamente
Com o mesmo
Sentimento Gauche!

terça-feira, 8 de março de 2011

Penso

Penso, logo existo. Segundo a teoria de Renè Descartes, se um ser pensa, quer dizer que ele existe. Ora, uma cadeira não pensa, portanto, ela não existe. Mas todos nós estamos vendo a cadeira. Se a vemos, é porque ela existe, entretanto, uma cadeira, obviamente, não pensa. Mas ela existe. Seria isso uma falha da teoria de Descartes?
De forma alguma. A frase de Descartes se aplica unicamente à raça humana, que é a única espécie capaz de efetuar pensamentos que não dependam de instintos. Se uma espécie ou um tipo de objetos não tem a capacidade de pensar, as condições para a sua existência passam a ser outras. Quais seriam essas condições, então?
Um animal existe se as suas funções vitais estão em perfeito funcionamento. Uma mesa existe se ela atende as características de uma mesa, por exemplo: se ela tem pernas, fica parada e serve de sustentação para alguma coisa, logo ela existe como mesa. Se ela não cumpre essas funções, ela pode até existir, mas não como mesa.
E é assim conosco, seres humanos. Nós existimos como Homens porque pensamos. Exemplificando, um homem que se encontra em estado de coma existe, mas não como um ser humano perfeito, visto que ele não cumpre o seu papel, que é pensar. Daí vem o termo “estado vegetativo”, do fato de ele se parecer mais com um vegetal do que com um ser humano propriamente dito.
Outra aplicação da frase de Descartes é a função social do ser humano. Se um homem não tem pensamento crítico e não se esforça para mudar sua condição, ele até existe, porém mais como animal e menos como ser humano, por não fazer o que se espera de um ser capaz de analisar e de viver em sociedade. Logo, a frase de Descartes deveria ser: “penso, logo sou humano”.