terça-feira, 21 de setembro de 2010

Debate pra governador... Análise: absurdos e propostas

Na noite da última segunda-feira, a TV Record promoveu um debate entre os candidatos ao governo... No debate paulista, aconteceram alguns absurdos que simplesmente não podem ficar sem comentários... Primeiramente, é absurdo acontecerem jogos de compadres como aconteceram ontem entre Alckmin e Feldmann, Mercadante e Russomano (como já havia acontecido anteriormente em debate da TV Bandeirantes) e Mercadante e Skaf...Os candidatos têm que debater ideias para o estado, não têm que formar alianças esdrúxulas como têm formado...
Ridícula foi também a tentativa do candidato do PSOL, Paulo Búfalo, de desmerecer a candidatura de Paulo Skaf por este ser um empresário rico e pertencer ao Partido SOCIALISTA Brasileiro... É realmente estranho isso, mas o candidato do PSOL não tem o direito de desmerecer o sucesso de um grande empresário como Skaf, que, diga-se de passagem, não tem como se apresentar como o "candidato de todos", como tentou se apresentar... Skaf é rico e é o candidato dos ricos, mas o candidato do PSOL não tem o direito de atacá-lo por isso...
Paulo Búfalo, aliás, foi a grande estrela do debate, provocando todos os outros candidatos e empurrando Mercadante à parede quando disse que o petista ajudou a confirmar o veto ao aumento do financiamento público da educação... Diante da negativa do senador, o candidato do PSOL foi, no mínimo, perspicaz ao lembrar que Mercadante quer participação nas coisas boas do governo, mas se afasta da imagem de governista quando as coisas ruins são lembradas...
Aliás, essa postura não é exclusiva do petista... O tucano Alckmin e o malufista Russomano tiveram atitudes idênticas à de Mercadante; Alckmin não se dignou a falar sobre pedágio e Russomano fugiu das perguntas sobre o Maluf... Interessante, no mínimo...
Mas o que importa, realmente, são as propostas... Alckmin só diz que o que é bom tem que continuar, mas não mostra o que é bom e nem como pretende continuar. Mercadante e Russomano só sabem falar sobre pedágios. Skaf fala muito sobre redução de impostos, mas não explica como vai reduzi-los sem cortar gastos. Paulo Búfalo, como todos do PSOL, é contra tudo, acha que tudo tem que ser jogado fora e começado do zero, mas também existem coisas boas em São Paulo. Feldmann, apesar de bater muito na tecla de preservação ambiental e deixar algumas questões pontuais como a segurança pública de fora, é o candidato com o melhor plano de governo; discorre sobre educação, transporte público de qualidade, segurança alimentar e comércio exterior, elementos que ou são secundários ou tratados com mesmice no plano de outros candidatos, mas que, na verdade, são de vital importância.
É isso aí, amigos... Analisem bem as propostas dos candidatos... É importante...

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